Mudanças são necessárias para garantir governabilidade, diz Dilma
Presidente discursou na posse de três novos ministros de seu governo.
Mudanças foram feitas no ministério para atender pleitos de PMDB e PDT.
"Não acredito que seja possível esse país ser dirigido sem essa visão de compartilhamento e de coalizão. Eu aprendi que numa coalizão você tem que valorizar as pessoas que contigo estão. Parceiros da luta", disse Dilma, ao agradecer os ministros que deixaram o governo.
A presidente deu posse ao deputado Antonio Andrade (PMDB-MG), que assumiu o Ministério da Agricultura no lugar de Mendes Ribeiro (PMDB-RS). O secretário-geral do PDT, Manoel Dias, substituiu o também pedetista Brizola Neto (RJ) no Ministério do Trabalho. Na Secretaria de Aviação Civil, o atual ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco (PMDB-RJ), assumiu em substituição a Wagner Bittencourt.
vice-presidente Michel Temer
(Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
Dilma afirmou, no discurso, que "a capacidade de formar coalizões é crucial para o país". "Muitas vezes as pessoas acreditam que a coalizão do ponto de vista da política é algo incorreto. Estamos assistindo em alguns lugares do mundo processos de deteriorização da governabilidade justamente pela incapacidade de se fazer coalizão", disse, citando Estados Unidos e Itália.
Segundo Dilma, no comando do país, é preciso fazer opções. "Governar é necessariamente é escolher entre várias alternativas e por isso eu aprendi muito sobre o valor da lealdade entre aqueles que desenvolvem com a gente a tarefa de governar, o valor simultâneo da paciência e da urgência para cumpir prazos e metas e da sensatez nas escolhas do caminhos."
Negociação de mudanças
No caso dos ministros do PMDB, as mudanças foram negociadas com Dilma pelo vice-presidente Michel Temer, principal liderança do partido. No do PDT, a troca é resultado de um conflito interno do partido - integrantes da cúpula da legenda eram contrários à presença de Brizola Neto no Ministério do Trabalho. Manoel Dias é o secretário-geral do partido, cujo presidente é o ex-ministro Carlos Lupi.
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